
Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Fábio Carille após Ceará 2 x 1 Vasco
abril 16, 2025Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Fábio Carille após Ceará 2 x 1 Vasco
— O que mais me incomodou foi a postura do nosso time. Temos que saber onde nós estamos e respeitar onde nós estamos. Uma postura muito ruim. Melhoramos um pouquinho no segundo tempo, mas o primeiro tempo principalmente. Uma postura muito ruim, um jogo lento. Não tratamos o jogo como uma decisão, como tem que ser o Campeonato Brasileiro. Toda rodada tem uma decisão.
— Perder faz parte, mas da forma que perdeu, isso me incomoda demais. Então repetindo, o pouquinho que a gente melhorou, um pouquinho. Não melhoramos muito também, não, já fez um segundo tempo melhor, mas o primeiro tempo me incomodou demais a postura. E repetindo, nosso respeito por essa agremiação, por essa equipe, ela tem que ser muito maior. A gente tem que fazer mais dentro de campo.
O Vasco saiu perdendo de 2 a 0 para o Ceará no Castelão e diminuiu a derrota no fim, com gol de Vegetti nos acréscimos. O time só foi ameaçar o gol adversário no fim do segundo tempo.
No intervalo, Carille fez três substituições e mexeu bastante na equipe, ao tirar Nuno Moreira, Garré e Paulinho. Depois, teve que retirar Payet de campo, porque o francês se lesionou. Alex Teixeira entrou no lugar. O técnico justificou que a substituição não estava nos planos.
— O Alex não é um meia-armador, é um meia-atacante. O Payet é um cara que ajuda na bola parada, que poderia até tirar ele mais para o final do jogo, não naquela altura do jogo. É um jogador com muita qualidade, que estava buscando o jogo, estava tentando, mesmo a equipe não estando bem. É um cara que gosta da bola, que aparece para jogar, e a gente perdeu um pouquinho com ele (Alex) ali também.
O Vasco teve o desfalque de Coutinho e Tchê Tchê na partida desta terça-feira. O técnico Carille não justificou os problemas na criação do time com a ausência do camisa 11. Ele disse que a saída de bola da equipe não funcionou no jogo contra o Ceará porque estava lenta.
— Em relação ao Coutinho, eu nem sei se o Coutinho estivesse em jogo, hoje seria legal porque a nossa saída foi muito ruim, foi muito lenta, facilitou para quem estava marcando. A gente precisa acelerar mais o jogo atrás para que as movimentações na frente sejam melhores, e nossos meias, nossos atacantes consigam receber em condições melhores.
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Sequência pesada de jogos
— Estou nessa sequência com esse grupo faz pouco tempo. Jogadores que não estão acostumados com o nosso futebol, caso de Nuno, de Garré, que eu já senti no primeiro tempo que eles estavam pesados, não estavam conseguindo fazer o seu melhor. Já estão comigo há um pouco mais de um mês, e eu já sei o que eles podem ser. É algo que vai trazer preocupação, sim. Jogamos contra a equipe da Venezuela, jogamos sábado, o Ceará, por exemplo, não jogou no meio da semana passada e vai acumulando. Só que a gente não tem saída. E que eu costumo dizer, quando você não tá bem tecnicamente no jogo, o adversário também não pode jogar.
— A gente poderia ter sido melhor nas nossas decisões dos dois gols tomados. Tem dia que vai ser assim mesmo, mas aí eu tenho que ser “ferrado” sem a bola, não dar chance. Eu não vou conseguir fazer lá também, não toma aqui. A postura é essa. Essa é a leitura. Se eu errar, que erre para frente, não é jogando de lado, jogando para trás. Incomodou demais. Foi chamada a atenção no intervalo e foi chamada atenção no final agora. Fazer como aprendizado para que não possa acontecer mais.
Saída de bola do Vasco
— Foi muito lento. O Ceará deixando nossos zagueiros com a bola e a gente fazendo o jogo muito pra trás. Meia apareceu, tem que jogar. O meia não vai aparecer livre toda hora, tem que fazer esses caras jogarem. E a gente ficou com esse jogo para o lado, jogo para o Léo, fazendo nosso goleiro jogar muito, sendo que tinha situações para fazer para frente.
Vasco tem dificuldades de jogar contra times com linha baixa?
— É de jogo para jogo. No jogo da Sul-americana, pegamos um um time com a linha baixa, a gente ganhou de 1 a 0, mas poderia ter sido muito mais, criamos para muito mais. Então é de jogo para jogo, é melhorar a velocidade na saída de jogo de trás, fazer as triangulações que a gente tem combinado, as aproximações para que a gente possa sair dos lados e terminar do outro, do lado oposto principalmente.
— Mas para isso os passes precisam ser rápidos, não que o atleta tem que ser rápido, mas a troca de passes tem que ser rápida, e ela foi muito lenta, mas assim, é de jogo para jogo. Não é sempre que acontece isso, pegamos principalmente agora um time muito chato da Venezuela, uma linha baixa com contra-ataque muito rápido, a gente jogou no campo deles o tempo todo, criamos muitas oportunidades, acho que só o Coutinho finalizou oito vezes na partida, criamos muitos, um jogo que era para ter sido 3, 4 e fizemos um, e foi assim os 90 minutos, jogando no campo do adversário, então não é sempre, mas a gente tem que tratar todo jogo como uma decisão.
Postura do Ceará
— Surpresa não teve, a mesma ideia do Léo Conde que está desde o ano passado no trabalho, eu o enfrentei pelo Santos. No Ceará, ano passado, era o Saulo que jogava como atacante diferente do Pedro Raul, ele é mais de retenção. O Saulo é de mais velocidade, eu acompanho o Saulo desde o Japão. Não fomos surpreendidos, não. É um time bem treinado, que jogou de lado e com muito cruzamento buscando seus atacantes.
Desgaste para jogos contra Flamengo e Lanús
— O jogo de terça para sábado é menos preocupante do que sábado para terça. A gente perde um dia na questão de recuperação, que foi o caso agora do jogo Sport para hoje. Também pode ser isso, depois sentar ali com fisiologistas, preparadores físicos para entender melhor o porquê que nosso rendimento, nossa postura foi tão baixa, mas para o Flamengo preocupa menos do que para o Lanús. Mas não tem o que fazer. O jogo está aí, está marcado e a gente tem que se preparar e fazer bem dentro de campo e fazer para merecer.
Fonte: ge