
Ex-Vasco, Rodrigo Pimpão redescobre amor pelo tênis de mesa
setembro 27, 2025Aos 37 anos, Pimpão tem mais de 500 jogos e 100 gols na carreira, celebrou a volta ao esporte que marcou a sua juventude. O ex-atacante participou da 5ª Etapa do Campeonato Paranaense de Tênis de Mesa na categoria Absoluto F. Ele chegou à 16ª fase da competição, que contou com 120 inscritos.
— Feliz por esse momento e acredito que seja somente o início de uma caminhada promissora. O importante disso tudo é voltar a competir, e ter a certeza que resultados vêm do foco mental nos seus objetivos, dedicação, treinamento, qualidade e talento — disse Pimpão.
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O amor de Pimpão pelo tênis de mesa começou cedo, há 27 anos. Ainda criança, ele montava uma mesa na garagem de casa com o irmão e, com o tempo, se tornou o primeiro no ranking de Santa Catarina. A paixão o levou a competir no Campeonato Brasileiro de 1997, em Fortaleza, onde alcançou o quinto lugar.
— Sempre gostei de tênis de mesa, achava muito legal jogar, e meu pai conseguiu uns compensados de madeira, fez uns pés e colocou a mesa na garagem lá de casa. Eu jogava todo dia com meu irmão e fui colocado para fazer aula de tênis de mesa. Pouco depois, eu era o primeiro do ranking catarinense por Canoinhas e em 1997, com 10 anos, joguei o Brasileiro em Fortaleza. Foi a minha primeira viagem de avião — falou o ex-atacante.
Incentivo ao filho
A retomada recente nas competições não é apenas uma volta às origens, mas um estímulo para seu filho Davi, de 12 anos. Pimpão acredita que o esporte individual, como o tênis de mesa, é fundamental para que os atletas aprendam a assumir a responsabilidade por seus erros e vitórias. Para dar o exemplo, ele decidiu voltar a competir, com a meta de alcançar o nível nacional.
— Falei para o meu filho que seria interessante ele praticar tênis de mesa por ser algo individual, onde a cobrança é sobre ele, a derrota é dele e as decisões nas partidas quem as toma é ele. Acho que é muito importante para um atleta ter essa experiência em um esporte individual para assumir a responsabilidade e os erros. Para incentivá-lo, voltei a jogar e tenho a expectativa de competir nacionalmente — explicou Pimpão.
Mesmo com a carreira consolidada no futebol, Pimpão sempre manteve a agilidade do tênis de mesa como uma aliada. Ele revela que a prática do esporte o ajudou a se tornar um atleta de alta performance.
— Quando eu entrava em campo dava o meu máximo, e no tênis de mesa não é diferente. Entro de corpo e alma para fazer o meu melhor. O tênis de mesa me ajudou muito no futebol, principalmente em tomadas rápidas de decisões, agilidade na decisão das jogadas. Isso é muito importante para um atleta, e no futebol é um ponto-chave — disse.
Quando o assunto são ídolos do tênis de mesa, Pimpão não hesita em citar nomes. Ele acompanhou o lendário Hugo Hoyama em sua juventude e, hoje, se inspira em Hugo Calderano, o qual considera um verdadeiro motivador para as novas gerações.
— Na minha época eu acompanhava bastante o Hugo Oyama, um cara que tinha como referência e hoje quem nos motiva é o Calderano. Sem palavras pelo que ele tem feito para o esporte, colocando o tênis de mesa brasileiro nesse patamar, trazendo expectativa para as crianças. Isso faz com que o esporte cresça. Acredito que o Calderano vai trazer uma medalha para o Brasil — completou.
No ano passado, após deixar o futebol profissional, Pimpão foi decisivo pelo Trieste, na conquista do título da Suburbana de Curitiba. Ele fez um dos gols na final, aproveitando a sobra na área para mandar de voleio para a rede. O time venceu o Novo Mundo por 3 a 2, no tempo normal, e garantiu a taça depois, nos pênaltis.
Fonte: ge